terça-feira, 12 de outubro de 2010

• A melhor "transa"

Um dia vi um desafio num fórum de discussão na net.

Um desafio à memória íntima de cada um de nós. Um desafio em forma de quiz. E a questão era esta: "qual foi a melhor transa em que foste parte activa?".

Bom, não era bem assim nestes exactos termos - talvez noutra terminologia assim como que a descambar para o calão - mas, por agora, fiquemos por aqui.

Pus-me a consultar as minhas memórias. E enquanto desfilavam recordações dentro da minha desgastada caixa craniana, eis senão quando o pensamento toma um rumo diverso.

E porque não questionarmo-nos antes como poderia ser a melhor cópula que o nosso imaginário mais profundo pode inventar, em vez de limpar o pó a páginas viradas da vida real?

Fui antes por esse sendeiro e dispus-me então a gravar de forma concreta as sensações que se viveriam nesse caminho irreal, em linhas de texto que aqui vão começar a fluir, como águas represadas quando se encontram finalmente livres.

Comecei assim a escrever o que no meu imaginário há muito já tinha sido criado. O cenário de que vou falar-vos é o que observei numa jornada onírica que me levou até um reino que não carecem de procurar em qualquer atlas ou GPS nem de localizar em época histórica alguma.

Nesse reino, os homens e mulheres não conheciam taboos alguns no que ao sexo diz respeito.

Como tal, e segundo os costumes locais, até mesmo a preparação da sucessão do rei e a continuidade da dinastia vigente não constituia qualquer segredo de estado e era mesmo do conhecimento de todo o povo. Naquelas paragens e entre aquelas gentes, isso era assunto supremo a que davam o máximo relevo e nada deixavam ao acaso, como em nenhum outra sociedade organizada jamais se vira.

Eis um resumo do que escutei dos seus costumes: o casamento real era programado em função do êxito da empreitada de procriação do descendente primogénito do casal de suas altezas. O dia da boda teria de coincidir com o fim do período fértil da futura raínha. De modo a que um mês decorrido depois desta, os noivos tivessem só então o primeiro e decisivo contacto sexual com vista a ser gerado o seu primeiro filho, herdeiro natural do trono, como em toda a parte deste mundo é usual assim se predestinar.

Mas isto não era ainda tudo o que aquele povo idealizava para o primeiro encontro simbólico dos seus dois soberanos, tidos como semi-deuses. Todo o ritual dessa primeira comunhão física era deveras inusitado.

Por enquanto e aqui e agora, não revelarei mais desta história.

Já deixei escrito parte do que a minha imaginação me ditou. Uma descrição detalhada do ritual de acasalamento do Rei e da Raínha. Ainda não acabei, no entanto, de escrever o antes e o depois.

Conto fazê-lo num futuro "retiro espiritual" que vou empreender brevemente.

Aqui ficam para já estas palavras que espero possam despertar curiosidades sequiosas de mais. Não quero parecer pretensioso, mas creio que o mundo não terá ainda lido um romance com a carga erótica deste que vou ter de terminar, para deixar a minha contribuição para o acervo cultural da nossa civilização terráquea.