sábado, 27 de fevereiro de 2016

• Tem de haver outra saída…

"A 'why' is a dangerous thing... It challenges old,
comfortable ways, forces people to think about that they do
nstead of just mindlessly doing it. (Haplo)...
I think the danger is not so much in asking the 'why' as in
believing you have come up with the only answer. (Alfred)"
 - Margaret Weis

É só uma cenoura. Ao fim do dia, se chegares onde eles querem que tu chegues, talvez eles a dêem a ti. Amanhã, se eles precisarem de ti de novo ou se foste até bem longe hoje, hão-de colocar outra cenoura à frente dos teus olhos.

Talvez devesses, no entanto, parar para pensar um pouco…

Porque raio queres afinal a cenoura? Vale assim tanto a pena? Andares atrás dessa cenoura não será que te distrai de outros objectivos que também, sobretudo ou ao invés deverias antes perseguir? É mesmo isto que queres para ti?

Vem esta minha filosofia de vão de escada que me assalta neste momento o meu pensamento a propósito disto... 

Quando a vida me apresenta aquelas modernas formas de ganhar dinheiro - o dinheiro que é inevitavelmente necessário para sustentar essa mesma vida - que andam desgraçadamente tão em voga hoje em dia, regra geral eu penso que… 

Tem forçosamente de haver outras formas melhores de se ganhar a vida. Tem mesmo de haver!… Senão, estamos todos perdidos.

Bom, isto pode ser um problema só meu... Mas há certas cenouras que comigo não funcionam. Não me fazem mover. Não os músculos mas os neurónios sim. Isto fazendo fé que estes últimos ainda se vão estrebuchando de quando em vez, claro...

E no entanto são tão atraentes para tantos outros seres humanos. Até para aqueles cuja inteligência prezo. Que vão sendo cada vez mais raros. Lá está, é um problema exclusivamente cá do rapaz, sem dúvida... Passe o sarcasmo.  ;-)


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

• Atrofiando por aí...

Pois é!… Assim sigo nesta vidinha, atrofiando por aí. A maior parte do tempo sem ocupação válida que permita que esta existência terrena possa se tornar sustentável. E com cada vez mais entraves a essa sustentabilidade.

Mas nos entretanto, enquanto posso e me vão dando algumas oportunidades, lá vou fazendo uma perninha na ficção. 

E este semana que finda aumentei uma contabilidade que andava muito estática. A das séries e telenovelas nacionais em que participei ao menos uma vez. Da dezena para uma dúzia.

Até à semana passada tinha feito só repetecos de quatro telenovelas já muito batidas por mim. A saber:
  • Poderosas”, da SIC, onde vesti o fato-macaco, literalmente, fingindo duplamente ser um pintor de reparações caseiras;
  • Coração d’Ouro”, da SIC, onde uma vez mais adentrei num décor luxuoso no Palácio do Correio-Mor em Loures; 
  • Santa Bárbara”, da TVI, como cliente do hotel "5 estrelas" daquela bacoca paróquia;
  • A Ùnica Mulher”, da TVI, na reunião em que se concretiza a venda da construtora Venâncio, SGPS de novo ao seu antigo dono, o careca do Sacramento. Onde fiz questão de usar aquilo a que eu chamo da minha gravata "da provocação".
E para qualquer uma destas quatro telenovelas deve ter sido a última vez que nestas contracenei. A ver vamos.

Agora quanto ao presente, na passada segunda-feira, no AlfraPark, um complexo de escritórios em Alfragide, nessa suburbana Amadora, gravei para uma série de comédia política, de seu título “Os Boys”. Produzida pela Take It Easy para a RTP. A começar a ser transmitida não antes de Março ou Abril, provavelmente. Onde participo de uma molhada de jornalistas, estando eu "armado" com uma câmera fotográfica de rolo, uma relíquia!... Uma das poucas ocasiões ultimamente em que não me apresento engravatado…

Bem, mas dois dias depois, lá trajei com o meu costumeiro fatinho de boda domingueira e a gravata de novo! Nos estúdios da Plural, na Quinta dos Melos, em Bucelas, Loures, gravei como cliente do restaurante de luxo Lisbon Shine. Que é assim como que a fingir que é no Espelho d’Água, em Belém. Para a novel telenovela da TVI, “A Impostora”.

Que se diz por aí que se calhar vai ser a primeira em Portugal a ser exibida na pantalla com todos os seus episódios já gravados, lá mais para Setembro.

Isto tudo assim contado pode parecer muito mas não é, de facto. E ainda não me dá qualquer fama e menos ainda proveito. E nem sei se alguma vez ao menos alguma coisita me renderá todas as horas destes dias que fui nisto gastando. 

Espero bem que sim, que se dê um milagre um dia destes. Paciência oriental nessa espera não me vai ainda faltando. Mas cá o rapaz está mesmo a atrofiar… Só que… Há que cumprir com o karma que cada um de nós faz por merecer.

Escrevo estas linhas numa pachorrenta tarde chuvosa de sexta-feira. Dizem as raríssimas almas que os meus blogs já leram em tempos que nos meus textos se revelam competências de algum valor. Que luz em mim algum talento. Mas tudo isso é muito invisível para o mundo. Ainda...

Já pergunto muitas vezes aos meus botões... No fim de contas que raio de competências e talento terei, afinal?… Às tantas só ando a iludir-me e nada de nada terei. E por isso atrofio.

Mas por outro lado, trabalhar esporadicamente na ficção televisiva aporta-me tempo livre que me sobra em barda. E que me permite que observe a raça humana ao meu redor.

E verdadeiramente atrofiado constato que anda por aí muito boa alma que não tem a boa ventura de usufruir da liberdade que a mim, a bem ou a mal, me vai assistindo. Porque não estou absorto em nenhuma importante missão nem em nenhum emprego degenerativo do espírito. Estou só ocupado com sobreviver, minimalisticamente.